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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Três candidaturas à prefeitura de Curitiba são contestadas no TRE-PR

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) recebeu pedidos de impugnação contra três candidaturas à prefeitura de Curitiba. Os candidatos contestados são Luciano Ducci (PSB), Ratinho Júnior (PSC) e Carlos Moraes (PRTB). O prazo para que partidos, coligações ou para que o Ministério Público Eleitoral apresentassem pedidos de impugnação se encerrou nesta sexta-feira (13).

Também foram contestadas as candidaturas de três nomes que disputam uma cadeira na Câmara de Curitiba. São eles Nilso Rodrigues de Godoes (PSL), Joel de Oliveira Reikdal (PP) e Gerson Luiz Ferreira (PTN). Tanto no caso dos candidatos a prefeito quanto de vereadores, não haviam informações sobre o motivo dos pedidos de impugnação.

Entre a noite desta sexta-feira até a tarde de sábado (14), um juiz vai avaliar se há elementos suficientes para que os pedidos de impugnação sejam validados. Se aceitos pelo TRE-PR, as impugnações devem ser julgadas pelo tribunal até 5 de agosto.

Como 48 candidatos fizeram o registro de candidatura depois de 5 de julho, o prazo para questionamentos destes vai até a próxima terça-feira (17). Na eleição municipal de 2008, foram 13 os pedidos de impugnação.

Publicado em 13/07/2012 na Gazeta do Povo.

Charge - Não vote em Ficha Suja

Ficha Suja

Publicado em POÇÕES

segunda-feira, 9 de julho de 2012

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'Cultura da Ficha Limpa precisa ser disseminada', diz Marlon Reis

Por Dório Ewbank Victor (dorio.victor.personale@oglobo | Agência O Globo

Ansioso pelo primeiro processo eleitoral após a aprovação da Lei da Ficha Limpa, o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz eleitoral do Maranhão Marlon Reis, acredita que os candidatos com ficha suja não contam mais com as mesmas brechas legislativas para prosseguirem com suas campanhas.

Apesar de considerar "impossível" o julgamento de todos os recursos antes das eleições, o juiz acredita que a lei vai filtrar previamente os candidatos que já foram condenados pela Justiça Eleitoral. E também aposta na sociedade com um dos principais fiscalizadores deste processo eleitoral.

Leia a entrevista na íntegra AQUI.

Só três vereadores não tentam a reeleição em Curitiba


Atualizamos a planilha (canto direito do blog) com os vereadores atuais de Curitiba/PR que irão tentar a reeleição. Os dados foram obtidos do site da Câmara Municipal (http://www.cmc.pr.gov.br/ver.php), onde você pode clicar no nome de cada vereador e ler mais informações sobre o mesmo, cruzados com o DivulgaCand 2012, que já apresentamos AQUI.

A planilha pode ser melhor visualizada neste link.

Dos 38 atuais vereadores da Câmara de Curitiba, três não constam no DivulgaCand.

Segundo o Metro, entre os desistentes está o vereador Caíque Ferrante (PRP), que não esconde sua decepção com a Câmara.

“Eu já sabia que era assim, mas quando vim para cá acabei confirmando”, disse Caíque ao Metro.

Todos os vereadores admitem que a imagem do legislativo municipal foi abalada pelas denúncias de irregularidades que culminaram coma saída do vereador João Cláudio Derosso da presidência, há pouco mais de dois meses.

“Nunca foi tão difícil dizer que é vereador de Curitiba”, reconhece Felipe Braga Cortes (PSDB).

Nely Almeida (PSDB), diz que está “cansada” e já tem “muita idade” para concorrer.

O vereador Algaci Túlio (PMDB) anunciou na noite desta quinta-feira (5) que não será candidato nas eleições de outubro e informou que, com isso, encerra definitivamente sua carreira política. O vereador é suspeito de envolvimento em um esquema de destinação de verbas de publicidade da Câmara a veículos de comunicação ligados a vereadores.(Leia mais aqui)



Derosso e Frote estão impedidos


O ex-presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, não vai poder concorrer à reeleição. Ao se desfiliar do PSDB, há duas semanas, ele ficou sem legenda para disputar em outubro.

Já Paulo Frote, também do PSDB, está impedido de concorrer por causa da lei da ficha limpa. Ele foi condenado por mau uso de verbas de gabinete em processo julgado já pelo Tribunal de Justiça.

Soube de irregularidades no mandato dos vereadores atuais? Envie notícias para contatofichasuja@gmail.com.

Eleições proporcionais - Entenda o sistema de voto


Depois de dois anos turbulentos, os eleitores de Curitiba terão a opção de renovar as cadeiras da Câmara Municipal ou referendar a atuação de seus representantes. Para votar bem, é preciso entender como funciona o critério do voto proporcional, método usado nas eleições para os cargos de deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador.

Neste sistema, o número de vagas a que cada partido tem direito é definido pelo quociente eleitoral, determinado pela divisão do número de votos válidos apurados pelo de vagas a serem preenchidas. São válidos os votos no número do candidato e os na legenda. Votos brancos e nulos não entram na conta.

Em Curitiba, a Câmara Mu­­nicipal tem 38 cadeiras. Se todos os 1.172.945 eleitores que fizeram o recadastramento biométrico na capital votassem, o quociente eleitoral seria de um pouco mais de 30 mil votos. Porém, como a média histórica de 15% de abstenções, o quociente eleitoral deve ficar perto de 27 mil votos.

O quociente eleitoral entra no cálculo do quociente partidário, número que determina quantas cadeiras cabem a cada legenda (veja quadro).

Cada partido pode lançar um número de candidatos equivalente ao dobro de cadeiras do parlamento, se estiver coligado com outra legenda - em Curitiba, isso equivale a 76 candidatos possíveis. Como as coligações, todas as siglas aliadas formam um único “partidão” para a eleição. Caso o partido entre na disputa sozinho, pode lançar a quantidade de vagas mais a metade de candidatos, o que, em Curitiba, resulta em 57 candidaturas.

Nas eleições para deputado, a votação da coligação é a soma dos votos nominais e nas legendas de cada partido. O voto na legenda é contado para os candidatos da coligação. Ou seja: se o eleitor vota em um político porque o considera honesto, pode ajudar a eleger um alguém acusado de envolvimento em escândalos que integre a mesma coligação.


Efeito Tiririca


Somente os partidos ou coligações que atinjam o quociente eleitoral terão direito a eleger vereadores. Com quociente de 30 mil, uma coligação que faça 45 mil votos, elege seu candidato mais bem votado. Já outro com mais votos, de uma coligação sem o quociente eleitoral, não será eleito.

Pela mesma regra, um candidato com votação expressiva, que supere o quociente eleitoral, leva para o parlamento outros que não se elegeriam sozinhos. Foi o caso do deputado federal Tiririca (PR) em 2012, eleito com 1.350 milhões de votos. Sua votação ajudou a eleger outros quatro candidatos.


Partidos têm táticas distintas


Em Curitiba, os grupos políticos ligados às principais candidaturas a prefeito escolheram estratégias diferentes para as eleições proporcionais. A coligação que apoia a reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB) e une quinze partidos apostou no volume: terá 443 candidatos a vereador.

Sete partidos do bloco (PSB, PSDB, DEM, PRB, PMN, PHS e PSD) formaram um “chapão”, com 75 candidatos. PTC e PTN também se coligaram e lançaram chapa com 61 candidatos. Seis partidos terão chapas puras: PTB (45 nomes); PSL (55); PSDC (56); PRP (57); PP (41) e PPS (53).

Já a coligação que apoia o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), apostará apenas num chapão com 73 candidatos escolhidos entre as quatro legendas da aliança.

No grupo que sustenta a candidatura do deputado federal Ratinho Junior (PSC), os quatro partidos da coligação se dividiram em duas chapas. O PSC forma chapa com o PTdoB, com 68 candidatos, enquanto PR e PCdoB se unem e terão 27 postulantes. Entre os partidos com representatividade na atual legislatura da Câmara, apenas o PMDB concorre com a chamada chapa pura, com 23 nomes.


Desgastes e vantagens


Para o professor de ciência política Fabrício Tomio, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), as estratégias podem ser boas em função dos quadros de cada aliança. “Certamente, a coligação do prefeito entendeu que quanto mais candidatos tiver, maior a capacidade de multiplicar a campanha, mesmo que a maioria seja de candidaturas inviáveis”, avalia.

Tomio analisa que, para as candidaturas de oposição, esta não seria a melhor estratégia. “A oposição deve ter avaliado que não tem sentido manter um número tão grande de candidaturas inviáveis, até pelo custo delas”, compara.

Já para o diretor do Ins­­tituto Paraná Pesquisas, Mu­­rilo Hidalgo, grupos muito grandes em eleições proporcionais causam mais desgastes do que vantagens. “É melhor ter uma chapa competitiva e motivada do que muitos candidatos que mais atrapalham do que ajudam”, afirma.

Fonte: Gazeta do Povo